A água tratada fornecida pelas redes públicas geralmente chega às residências em condições adequadas para o consumo. No entanto, o armazenamento inadequado em caixas d’água e cisternas pode comprometer completamente a qualidade da água, tornando-a um risco à saúde humana. A falta de limpeza, vedação e manutenção adequada desses reservatórios pode resultar na presença de contaminantes físicos, químicos e biológicos, levando à proliferação de doenças e à degradação da água potável.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30% dos surtos de doenças de veiculação hídrica no Brasil estão relacionados à contaminação no armazenamento doméstico da água. Isso revela que mesmo com um bom sistema de abastecimento, o risco permanece se não houver cuidados no ponto final da distribuição.
Tipos de contaminantes e seus riscos
Diversos tipos de contaminantes podem se acumular em caixas d’água e cisternas, especialmente quando não há vedação adequada ou limpeza periódica. Esses contaminantes são divididos, de forma geral, em três categorias:
1. Contaminantes biológicos
São os mais perigosos à saúde humana. Incluem microrganismos como bactérias, vírus, protozoários e vermes, que se proliferam em ambientes úmidos e escuros. Os principais agentes biológicos identificados em reservatórios contaminados são:
-Escherichia coli: bactéria indicadora de contaminação fecal, pode causar diarreia, vômitos e infecções urinárias;
-Salmonella spp.: provoca febre tifóide e outras gastroenterites;
-Giardia lamblia e Cryptosporidium: protozoários causadores de giardíase e criptosporidíase, infecções intestinais severas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 2 bilhões de pessoas no mundo consomem água contaminada com fezes, e grande parte dessas contaminações ocorre no momento do armazenamento inadequado.
2. Contaminantes físicos
Envolvem materiais sólidos, como poeira, areia, folhas, insetos mortos, ferrugem de canos e partículas que se acumulam com o tempo no fundo dos reservatórios. Embora nem sempre causem doenças diretamente, esses resíduos favorecem a proliferação de microrganismos patogênicos e alteram as características organolépticas da água (como cor e turbidez).
3. Contaminantes químicos
São substâncias como resíduos de produtos de limpeza, metais pesados (chumbo, ferro, cobre) ou contaminantes de origem agrícola (como pesticidas e fertilizantes) que podem infiltrar-se nas cisternas ou caixas mal vedadas, principalmente em áreas rurais. Esses compostos podem causar problemas hepáticos, neurológicos e reprodutivos, dependendo da concentração e do tempo de exposição.
Dados e consequências para a saúde pública
De acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), mais de 190 mil casos de doenças transmitidas por água contaminada foram notificados no Brasil em 2023, com destaque para surtos de diarreia, hepatite A e leptospirose. Muitos desses casos estão ligados ao armazenamento doméstico inadequado da água, especialmente em regiões com abastecimento irregular, onde o uso de cisternas é mais comum.
A negligência na limpeza dos reservatórios também pode gerar crises sanitárias coletivas, como já registrado em municípios do Nordeste durante períodos de estiagem, em que o consumo de água de cisternas contaminadas resultou em surtos de doenças intestinais.
Boas práticas para garantir a qualidade da água armazenada
Para manter a água segura e potável, especialistas recomendam:
-Limpeza e desinfecção das caixas d’água e cisternas a cada 6 meses;
-Vedação adequada para impedir entrada de insetos, poeira e animais;
-Instalação de telas nos ladrões e suspiros para evitar acesso de roedores e mosquitos;
-Utilização de cloro na dosagem recomendada para higienização dos reservatórios;
-Uso de materiais certificados e livres de contaminantes na construção das cisternas e caixas;
-Verificação regular das condições estruturais, como trincas e infiltrações.
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Manter a água limpa é preservar a vida. E cuidar do reservatório é tão importante quanto tratar a água que chega até ele.
Autor: Assessoria de Comunicação.
Fonte: Hidrosam.