No mês de agosto de 2025, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) celebra 17 anos de atuação na gestão das Unidades de Conservação (UCs) federais e na proteção da fauna, flora e ecossistemas do Brasil. Criado pela Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007, o instituto é uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e representa um dos principais instrumentos do Estado brasileiro na execução das políticas de conservação da biodiversidade.
Nomeado em homenagem a Chico Mendes, seringueiro e ativista ambiental assassinado em 1988 por sua luta contra o desmatamento e em defesa das populações tradicionais da Amazônia, o ICMBio carrega não apenas o legado do seu patrono, mas também a missão de equilibrar conservação ambiental, uso sustentável e participação social.
Unidades de Conservação: um patrimônio natural sob gestão pública
Desde sua criação, o ICMBio assumiu a responsabilidade de criar, planejar, fiscalizar e manejar as UCs federais, que são áreas legalmente protegidas com o objetivo de preservar a diversidade biológica e os recursos naturais do país. Atualmente, o Brasil possui cerca de 340 Unidades de Conservação federais, abrangendo mais de 9% do território nacional continental e 24% do mar territorial, segundo dados atualizados do próprio instituto (2025).
Entre as categorias de UCs administradas pelo ICMBio estão:
-Parques Nacionais (ex: Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí);
-Reservas Biológicas (ex: Rebio de Sooretama, no Espírito Santo);
-Florestas Nacionais (ex: Floresta Nacional do Tapajós, no Pará);
-Reservas Extrativistas (ex: Resex Chico Mendes, no Acre).
Essas áreas são fundamentais para a conservação dos biomas brasileiros, como Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa, além de abrigarem milhares de espécies, muitas delas ameaçadas de extinção. Ao longo dos anos, o ICMBio implementou planos de manejo, programas de pesquisa, ações de monitoramento ambiental e projetos de educação ambiental que envolvem tanto a comunidade científica quanto as populações locais.
Conquistas e desafios do icmbio em 17 anos
O ICMBio destaca-se não apenas pela gestão territorial, mas também por sua atuação técnica e científica. Entre as principais conquistas do instituto ao longo dos anos, destacam-se:
-Criação de novas UCs estratégicas, mesmo em contextos de pressão fundiária e econômica;
-Ampliação dos Centros de Pesquisa e Conservação (CEPs), voltados para espécies como onças-pintadas, peixes-boi, tartarugas marinhas, aves migratórias e primatas ameaçados;
-Implementação do Sistema Nacional de Informação sobre a Biodiversidade (SiBBr) e do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC);
-Adoção de tecnologias para combate ao desmatamento e incêndios florestais, como monitoramento por satélite e uso de drones;
-Promoção do turismo ecológico em áreas protegidas, gerando emprego e renda sustentável em diversas regiões do país.
Em 2024, as Unidades de Conservação federais registraram mais de 14 milhões de visitantes, o que demonstra o potencial das UCs como instrumentos de educação, lazer e desenvolvimento econômico local.
Apesar das realizações, o ICMBio enfrenta desafios significativos, como o subfinanciamento crônico, a necessidade de reforço nos quadros de servidores e os conflitos territoriais em áreas protegidas. A valorização dos servidores ambientais e a ampliação de recursos para a conservação continuam sendo pautas urgentes.
O papel do icmbio na agenda ambiental do século XXI
Em tempos de emergência climática e crescente perda de biodiversidade no planeta, o ICMBio representa uma instituição estratégica para a sustentabilidade do Brasil e do mundo. O Brasil é um dos países megadiversos — abriga cerca de 15% da biodiversidade global — e tem responsabilidade internacional na conservação de seus ecossistemas.
A atuação do ICMBio está alinhada com compromissos globais como a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em especial o ODS 15 – Vida Terrestre, e a nova Estratégia Global para a Biodiversidade Pós-2020, aprovada na COP 15 da Biodiversidade (2022).
A proteção da biodiversidade não é uma pauta isolada do meio ambiente: ela está diretamente ligada à segurança alimentar, hídrica, climática e sanitária. O desmatamento e a perda de habitats são, por exemplo, fatores determinantes para o surgimento de pandemias, alteração dos ciclos da água e aumento das emissões de carbono.
HIDROSAM valoriza a conservação da biodiversidade
Como empresa de engenharia ambiental comprometida com o desenvolvimento sustentável, a HIDROSAM reconhece a importância do trabalho desenvolvido pelo ICMBio ao longo de seus 17 anos. Nossos projetos respeitam as normas ambientais vigentes e atuam de forma integrada com a conservação dos recursos naturais, promovendo soluções seguras e ambientalmente responsáveis.
Neste aniversário do ICMBio, celebramos não apenas os feitos passados, mas o potencial transformador que a conservação pode exercer sobre o futuro do país. Proteger a biodiversidade é proteger a vida — e esse compromisso precisa ser coletivo, contínuo e fortalecido.
Autor: Assessoria de Comunicação.
Fonte: Hidrosam.